sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Knight$ in $atan $ervice

Aqui está um tema que eu adoro e que se resume a uma palavra pequena, simples, fácil de pronunciar, fácil de lembrar e, é claro, que gera controvérsias:

KISS

Existem aqueles loucos por demônios/ amedrontados de plantão/ causadores de controvérsias desnecessárias que tacham essa grande banda de rock n' roll nascida nos anos 70 de um grupo de cavaleiros demoníacos a serviço Dele: a nossa querida entidade superior do reino dos inferninhos onde se encontra um monte de gente interessante, de Jimi Hendrix a Tim Maia (ou será que esse último foi pra planície racional?)


Elocubrações a parte, o Kiss nada mais é do que uma grande iniciativa marqueteira de duas mentes capitalistas bastante oportunistas: Gene Simmons e Paul Stanley. Mais o primeiro que o segundo. Só para fazer aparecer a banda e torná-la conhecida, várias iniciativas foram postas em prática: contratar o The Who para abrir seu próprio show, utilizar uma pintura inusitada a uma maneira bastante peculiar de Glam Rock, criar um nome fácil de pregar na cabeça das pessoas e é claro: aprender a tocar os instrumentos. É fácil perceber que o próprio Gene não parece ter muita "familiaridade" com o baixo nos primeiros shows da banda. Seus incríveis solos se resumiam a uma performance que envolvia MUITO SUCO DE GROSELHA e pouca técnica. Na verdade, ele só tocava uma nota contínua: Mi.

Essa banda se tornou um dos maiores ícones do rock n' roll em sua formação original, que contava com os dois marqueteiros mais o dono da inovadora Gibson Les Paul de 3 captadores: Ace Frehley e o baterista com voz de blues man: Peter Criss. Inegavelmente muitas boas músicas foram produzidas durante essa carreira, mas claro, sem nunca deixar de lado o interesse nas verdinhas. Hoje, o Gene Simmons tem um programa na linha do The Osbournes, no qual ele é mostrado junto com sua família e seus inúmeros negócios. Dentre eles, as lojas de produtos do Kiss.

E quem diria! Eles estão aí de volta pra fazer rock n' roll! Todo mundo devia pensar que eles só iam fazer mais uns showzinhos mesmo e tal...Não, tem álbum novo na parada: e não é ruim. Sonic Boom vem para mostrar que a velharia marqueteira tá aí firme pra continuar ganhando dinheiro e fazendo rock! E eles foram espertos mais uma vez: fizeram um som característico de riffs marcantes, com uma presença gorda dos instrumentos, refrões grudentos e...nada de novo de fato, mas é bom mesmo assim. A estratégia é: continuar agradando os velhos ouvidos, que inclusive podem pagar um pouco mais para obter um material especial como box com gravações exclusivas ao vivo e tudo mais. E aí estão, os dois velhos marqueteiros e os dois "contratados": Tommy Thayer na guitarra e Eric Singer na bateria. Curioso o fato de estarem utilizando as mesmas pinturas do Ace e do Peter. Quando a banda passou por mudanças de formação, como na década de 80 com Vinnie Vincent e Eric Carr, suas pinturas eram diferentes daquelas dos membros originais. Talvez mais uma estratégia bem bolada?

Deixo o álbum pra quem quiser ouvir como contribuição dessa postagem! E espero ter alcançado o meu objetivo principal aqui que era provar que esses caras nada tem de satânicos. Eu acho o David Bowie muito mais estranho do que eles para falar a verdade, mas ele foi tachado de outras coisas que não satânico. Imagino o que essas pessoas achariam ao ouvir bandas como Brujeria.

Aqui está:

2009 - Kiss - Sonic Boom


http://sharebee.com/20322aa6


01 - Modern Day Delilah
02 - Russian Roulette
03 - Never Enough
04 - Yes I Know (Nobody's Perfect)
05 - Stand
06 - Hot and Cold
07 - All for the Glory
08 - Danger Us
09 - I'm an Animal
10 - When Lightning Strikes
11 - Say Yeah

Ao meu ver, o Kiss é uma banda que, musicalmente falando, melhorou com o tempo. Hoje até a voz do Gene me parece bem melhor (o que não significa que é ela boa!), mesmo ele estando mais velho. De todo modo, as músicas do início da carreira são as que eu acho mais interessantes, por causa dos solos de guitarra, da voz do Stanley e as vezes do Criss, etc. Resultado final: as melhores são as gravações mais recentes das músicas mais antigas!! Quanto ao álbum novo, de fato, não tentaram inovar. Até porque acho que poderia não representar um bom resultado (financeiro) para eles!

Mais do mesmo? Talvez. Rock n' Roll? Ainda e Sempre!

domingo, 15 de novembro de 2009

O problema da educação também é das elites


 Ah como é bom atualizar isso aqui, estava em falta! E agradeço a questão colocada pelo Lucas como uma idéia de postagem, que com certeza constitui um tema bastante amplo e complexo e que gera alguns desdobramentos interessantes.

Quando se fala em educação e no fato de que o Brasil enfrenta graves problemas com isso, a idéia que nos é remetida rapidamente é que o ensino público é a representação desses problemas. O descaso de alguns professores, os sérios problemas sociais que levam muitos a desistirem da escola ainda no seu nível básico, a falta de capacitação, recursos, metodologia avançada, enfim, muitos são os fatores (estruturais) que fazem a educação no Brasil ser um problema, e não uma solução, como foi em muitos países do outro lado do mundo, mas isso não vem ao caso agora.

A idéia é que felizmente esse problema é contornável, mas a longo prazo, evidentemente. Infelizmente, nunca pude perceber iniciativas educacionais de longo prazo nesse país, cujas diretrizes, desde que é país é: controlar os problemas quanto eles aparecem em suas circunstâncias específicas. O âmago da coisa nunca é discutido, trabalhado, nada.


Contudo, na verdade, essa não é a temática central dessa postagem.

"Se a educação pública no Brasil é ruim, eu pago um pouco mais agora para fazer um investimento na educação do meu filho: coloco ele numa escola particular para que depois ele faça universidade pública". Muitos já devem ter ouvido esse discurso, estou certo? No Brasil, a iniciativa privada na educação é tido como "padrão de qualidade", como "investimento de longo prazo" nos filhos. Basta ir às universidades públicas e medir o nível intelectual das pessoas. Certa vez ouvi uma frase que me marcou pra sempre: "não espere demais da universidade, o nível intelectual das pessoas não é maior". Independente da questão ser nível intelectual, amadurecimento, etc, não me parece que esse "investimento de longo prazo" dá resultados evidentes. Provavelmente muitos fazem suas carreiras a partir disso, mas não creio que esse padrão de qualidade seja tão significante assim.

Pois veja, a maioria das escolas privadas, num regime de competição TIPICAMENTE CAPITALISTA, se disputam para ver quem aprova MAIS, quem tem MAIS recursos tecnológicos, que tem MAIS espaço, etc. Ou seja, me parece que o padrão é puramente quantitativo. O aspecto qualitativo fica em segundo plano, o que é um contrasenso enorme, pois o motivo de existir educação é exatamente qualitativo!!! As empresas (sim, são empresas, é claro) deveriam no mínimo ter mérito pela busca de boa qualidade metodológica, bons professores capacitados, um sistema decidido a formar pessoas éticas e tudo, e não criar máquinas de fazer vestibular para enriquecer seus números, criando um círculo virtuoso para elas. E eu digo, somente para elas.

Essa discussão surgiu com a informação que o próprio Lucas me passou e que segue abaixo:

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=840130&page=116 (a segunda notícia)

Veja o ciclo expansivo de uma escola privada que compartilha de todos esses interesses capitalistas quantitativos e tudo mais aqui mencionados. Coloca-se a aquisição de uma escola com método e que provavelmente estimulam características mais interessantes do que a habilidade de fazer provas como por exemplo a criatividade. Vão "inovar" com um novo sistema de ensino especial, com MAIS recursos tecnológicos, MAIS espaço. E assim vai. Depois entrem no site da escola e vejam o que eles mesmo tem a dizer sobre isso. Me provoca algumas risadas internas de desespero.

Ficaria muito feliz com seu comentário Lucas, e de todos demais que possam comentar nessa postagem depois de um período ocioso!!

Mais postagem sobre esse tema educação ainda estão por vir..........

sábado, 17 de outubro de 2009

Glenn Hughes - The Voice of Rock


Não é um jogador de cricket, muito menos um membro do Village People!, mas aquele que o Álvaro Júnior, mencionado na postagem anterior, chama de "the voice of rock". Na verdade, nosso amigo tem fortes influências de Funk americano e deixa claro isso no seu estilo de Baixo, além é claro de sua voz magnífica. Mais conhecido por suas participações no Deep Purple e no Black Sabbath, o cara realmente tem o dom da voz. Tecnicamente magnífico, sabe gritar sem ser desagradável e solta a voz mais fina que você que quiser, mas quando é pra usar do seu estilo funk para cantar grave, sai tão bom quanto!

Ele é um daqueles caras que ouvia Motown quando era pequeno e ficou fascinado por música negra, sendo branco. Entre suas principais influências, segundo ele próprio, está até o Stevie Wonder! E como disse, ele deixa transparecer isso na sua música.

Essa postagem é para deixar uma contribuição bem razoável! Vou colocar aqui os três álbuns da primeira banda que adquiriu certo sucesso no início da década de 70 em que o Glenn é baixista e vocalista, além de trompetista, pianista, etc... Estou falando do Trapeze. Especial atenção para o terceiro álbum "You are the music, we are just the band", cujo título eu adoro. O conteúdo ainda é melhor, acreditem! É rock bom da década de 70...quase uma tautologia.

Trapeze - 1970 - Trapeze 



http://sharebee.com/7f372f34

 

Trapeze - 1970 - Medusa



http://sharebee.com/2de63f5a

 

Trapeze - 1972 - You are the Music... We're Just the Band


http://sharebee.com/da2f964a


Também posto o melhor álbum dele no Deep Purple, na minha opinião, na formação MKIII, com David Coverdale nos vocais principais. Tá, as vezes o Glenn deixa o David no chinelo (Só por que o David ia para os ensaios um pouco mais bêbado que os outros), mesmo sendo Back Vocal, mas a combinação dos seus agudos com a voz grave (e muito característica também) do Coverdale criam uma musicalidade ÚNICA na história do Rock n' Roll. Arrisco dizer que esse é um dos melhores álbuns de toda a história do Purple: Burn, 1974. Recomendo a todos assistirem o show "California Jam", da turnê do Burn. O Blackmore fica louquíssimo e quebra três stratos, como de praxe, e o show de vozes é excepcional. Claro que em Stormbringer, álbum posterior, o Glenn solta até mais seu lado funk, mas não acho que se equipare a qualidade musical do Burn, um álbum em que todas as músicas são ótimas, com destaque para You Fool No One, Lay Down Stay Down e a própria Burn. Prefiro não comentar sobre o "Come taste the band", álbum posterior ao Stormbringer, pois ele é bastante específico.

Deep Purple - 1974 - Burn
 

http://sharebee.com/197fc104


Posto também um dos mil projetos com outros caras, mas esse em especial é bem interessante: Glenn Hughes e Pat Thrall (trabalhou com Pat Travers, Meat Loaf...). Década de 80: entrou nela, pode saber que tem tecladinho.

Glenn Hughes & Pat Thrall - 1982 - Hughes Thrall



E por fim, posto também a participação do nosso amigo no Black Sabbath "featuring Tony Iommi". Na verdade, eu entendo isso como um projeto paralelo quase, hehe. Sinceramente, não vejo muito Black Sabbath nesse álbum não, mas vale a pena ouvir pra perceber que o Glenn não perdeu a voz nesse meio tempo! Ah, o álbum é o Seventh Star.

Black Sabbath featuring Tony Iommi - 1986 - Seventh Star 


http://sharebee.com/9e3a9b5e


Claro que estou postando apenas algumas pérolas. A discografia do indivíduo é gigantesca, inclusive solo, mas o que impressiona é a quantidade de outros artistas com quem ele trabalhou. É um número gigantesco de participações em álbuns. A probabilidade de você pegar qualquer álbum de rock e ter o Glenn Hughes ali atrás em alguma coisa é bem grande hehe

Infelizmente, como muitos outros roqueiros, o Glenn passou por uma fase de péssima saúde em decorrência de excessos de drogas e álcool. Mas uma coisa pior aconteceu depois, ele gravou um hit com uma banda de Techno/House pra voltar a fazer sucesso.

Hoje ele está aí, mais velho, mas cantando coisas que gosta, em muitos projetos diferentes, supergrupos, bandas de blues, funk... tocando baixo e cantando como é sua imagem característica! E, convenhamos.




O cara não perdeu nada da voz. É definitivamente admirável.

Bom, ouçam, aproveitem e viva o Rock n' Roll!

domingo, 27 de setembro de 2009

The Room Full of Mirrors



Essa postagem é antes de mais nada e como vocês já devem estar acostumados, uma divulgação. Mas dessa vez com uma pitada de homenagem!

Em primeiro lugar gostaria de agradecer diretamente ao Maico e indiretamente ao Rainer por ter achado isso aqui no YouTube (maravilha da humanidade):

http://www.youtube.com/watch?v=SypIOVtsaaQ&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=L5jBBGDrhIs&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=HNIYNJdMu2M&feature=related

Essas são as três partes de uma entrevista com um grande amigo: Álvaro Júnior, no programa Ladeira Metálica, apresentado pelo Lu de Laurentiz, nome muito conhecido para quem faz parte do ambiente universitário! A entrevista é boa, mas os comentários peculiares do Álvaro é que a torna interessante!

Quem o conhece sabe que todas essas coisas que ele diz na entrevista, nós já ouvimos no decorrer de muitos programas frequentados lá no bloco 1S do campus Santa Mônica! E claro, nós todos "Gostamos Muito"! Para quem não conhece, sintonize a rádio universitária (107.5) ou entre pelo site www.universitariafm.ufu.br para ouvir pela Internet, nos Sábados das 18h00 às 20h00 para ouvir a maravilhosa "Sala dos Espelhos", o Rock N' Roll show que já tem 19 anos nas costas!

Esse é pra quem gosta de Rock, em todas as suas vertentes...o Blues que lhe deu origem, o Blues que dele foi originado, as misturas eruditas do Jazz Fusion, o Rock Progressivo, Psicodélico, o que tocava nas décadas de 50, 60, 70, 80, 90 e até hoje, pois o Álvaro sempre acha coisas boas em todas as épocas!

Mas o principal é a energia boa de frequentar o programa pessoalmente. São várias pessoas de realidades totalmente diversas reunidas por um só motivo: o Rock n' Roll. E como é bom saber que existem esses recônditos!

Convido a todos para aparecer lá quando der. Tenho certeza que vocês irão gostar, pois sei que mesmo algumas pessoas não tão familiarizadas com rock gostam de frequentar! É uma atmosfera simples e ao mesmo tempo muito interessante! E acho que a pessoa que cria esse clima legal e atrai todas essas pessoas pelo motivo nobre de conversar e ouvir rock n' roll merece todas homenagens, e a nossa admiração! Meus enormes agradecimentos ao sábio Físico, por todos os seus ensinamentos musicais, humanos, divertidos, engrandecedores... poderia ficar aqui fornecendo adjetivos por muito tempo!

E viva o Rock n' Roll show...estaremos aí por muito tempo ainda!




Por Wagner Faria de Oliveira, ouvindo "Lucifer's Friend - Where the Groupies Killed the Blues - 1972 - som descoberto na Sala dos Espelhos"

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A tênue linha entre Pirataria e Cultura Livre

Queria antes de mais nada deixar claro que eu não estou pirateando nenhuma postagem. Me certifiquei de que ninguém da Warner, da Fox ou da Som Livre (quanta ironia nesse nome) havia feito essa postagem anteriormente. Portanto, eu tento garantir a originalidade do que escrevo aqui.

Mas apesar disso posto downloads de música aqui. E não vou deixar de fazer isso tão cedo. Nem muito menos vou parar de fazer downloads, pois como me disse certa vez um professor: download é uma criação divina.

Pirataria é um tema polêmico. Eu tenho a impressão que as pessoas adoram ver notícias no jornal dizendo que não sei quantas cópias de não sei o que foram apreendidas, queimadas, destruídas, etc. Eu quando vejo esse tipo de coisa tento pensar no que está por trás. Convido a todos realizarem o mesmo exercício.

Porque existe Pirataria? Ao meu modo de ver, ela só existe porque antes dela existe outra coisa chamada Indústria Cultural. Adorno e Horkheimer, dois sociólogos muito importantes descreveram bem o processo pelo qual esse conceito substituiu a idéia de cultura popular e cultura erudita. Hoje é tudo comércio. E ponto.

Como tudo no nosso lindo e harmonioso sistema capitalista, a cultura passou a ser regulada pela lógica individualista do dinheiro e do lucro a qualquer custo. Portanto, custa (e em alguns casos, muito) ter acesso a cultura, aos discos da banda que você gosta, aos filmes que você vê no cinema, entre outros. A cultura de massa então fabricada fica restrita aos que podem pagar. E essa é a tendência que veio acompanhando o mundo até... até hoje na verdade, mas uma determinada inovação tecnológica pareceu abalar essa estrutura.

Sim, essa que eu estou utilizando agora: a Internet. Coisa linda de Deus.

Dela veio o download. E então a mídia começou a se espalhar pela rede de uma forma absurda. Todos devem saber que você acha praticamente O QUE VOCÊ QUISER nessa geringonça. Desde discos do Captain Beyond até receitas de torta de morango, passando por informativos sobre o cruzamento entre ornitorrincos e peixes-boi no norte da Papua Nova Guiné.

E sim, agora ao invés de pagar pra ir no cinema ou pra ter um disco original, muitas pessoas simplesmente baixam da Internet. E o que há de mais nisso? Cultura Livre, pessoas trocando figurinhas virtualmente!! Uma socialização internacional inimaginável anteriormente. Inclusive eu tenho minhas viagens mentais que chegam a indagar se seria possível a revolução comunista por meio da Internet, mas isso é outra discussão.

Como era de se esperar, e como tudo no mundo são interesses, os caras que ganhavam (e continuam ganhando) dinheiro com suas mega empresas dentre gravadoras e estúdios, tinham que defender seus lucros, tachando o download como uma forma de pirataria, além das outras existentes, no âmbito da cópia propriamente dita sem pagamento de direitos autorais. Tá, e nós somos bombardeados com a visão de que pirataria é desordem, é contra o sistema, é ilegal, bla bla bla. Nessa lógica em que vivemos é mesmo, e o download não foge à regra. E aí...tadinho do cara que produz a música e esse é o seu ganha-pão e tudo mais.

Mas aí está o cerne da questão. Pessoas produzem cultura com o FIM de ganhar dinheiro. Ele não é apenas uma consequência, ele é o incentivo que mexe com a cabeça de nós reles seres humanos para produzir produzir produzir. E produzir cultura como não poderia ser diferente. A lógica do lucro corrompe a cultura e agora tacha os que fogem dessa lógica de CRIMINOSOS. Pra mim CRIME é restringir a cultura por meio do dinheiro. E sou partidário de todo tipo de divulgação de cultura livre, sem interesses marqueteiros, além de todas as manifestações culturais não vinculadas a esse tipo de lógica. Infelizmente eu também gosto de muita música e cinema que está totalmente embebido nessa máquina e, portanto, corrompo, cometo crimes quase todos os dias. Faço downloads.

Afunilando a discussão. Tá na hora da seção 'divulgação de mídia' do blog. Para os que não conhecem (e não devem ser muitos), apresento a vocês a comunidade do Orkut - DISCOGRAFIAS.

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=6244330

Lá você acha muito link para download de música. Todos os tipos de música. Fuçem à vontade, tem direito a índice geral por letras e bandas, além de trilhas sonoras. Enfim, muita coisa. E eu admiro e reverencio milhões de vezes o cara que criou essa comunidade e teve todo o trabalho de organizar a coisa.

Pergunta: porque a comunidade chama "Discografias - A Ressureição". Exatamente, ela já morreu uma vez. E agora que entra o tema da fotinha: APCM. A Associação Antipirataria Cinema e Música, órgão nacional responsável pelo combate à Pirataria (e logicamente, responsável institucional pela defesa dos grandes coitadinhos conglomerados industriais da cultura - as gravadoras e afins), várias vezes tentou por um fim na comunidade. Até que conseguiu.

Grande coisa. No outro dia já tinham criado a discografias - o retorno e todo mundo começou a recolocar os links. Foi uma manifestação generalizada no Orkut, me lembro muito bem do dia. No fórum era uma postagem por segundo praticamente. As pessoas se juntaram para revitalizar essa coisa linda de Deus. E conseguiram. E tão ai moendo. E eu continuo baixando horrores e também contribuindo com alguns Uploads. Não adianta, a Internet tem algumas especificidades enquanto meio de comunicação que a diferenciam dos demais. Infelizmente, ainda não é generalizado para todas as classes sociais, pois afinal está vinculado também à lógica do dinheiro, uma vez que você precisa pagar para ter acesso, pagar para ter um computador, pagar para ir a lan house, etc. Digo isso por que os meios de comunicação de massa a que a maioria das pessoas confia e pode ter acesso estão já corrompidos: rádio, TV, mídia impressa.

Sugiro que procurem na comunidade pelos tópicos de discussão sobre a APCM. De vez em quando aparecem coisas muito interessantes, e esse tema exige de fato muito conhecimento e interesse, pois, como digo várias vezes, precisamos juntar forças para manter a Internet como o meio de comunicação ainda LIVRE. O que não significa que muitas pessoas a utilizam como meio de exercer poder e ganhar dinheiro, como tudo no capitalismo. Mas continua livre. No entanto, se não mantivermos organização exemplar e força pra discutir e brigar, vai se tornar restritivo e vinculado aos interesses do capital.

Pra terminar essa postagem queria lembrar todos vocês de uma persona: o ex governador do nosso estado de Minas Gerais: Eduardo Azeredo. Ele próprio já lançou n projetos de lei e afins para tentar criar restrições sobre a Internet (e engraçado, também tem liderado algumas iniciativas perniciosas sobre a reforma eleitoral, cujo relator é o próprio).

Deixo duas notícias para vocês:

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2009/9/13/internet-e-televisao/?searchterm=azeredo

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2009/9/4/a-internet-sob-censura/?searchterm=azeredo

Claro que é sempre bom lembrar que muita gente usa mal a Internet, como postei anteriormente sobre a Vanusa, além dos casos de pedofilia, prostituição de menores, etc. Mas aí vejo a criminalidade virtual como um desdobramento da criminalidade em si e, portanto, não é motivo que justifica restringir o meio de comunicação, mas apenas reforça a idéia de que precisamos de soluções estruturais para problemas que são estruturais.

Não adianta soprar nem mesmo jogar água. Tem que dar um jeito no material inflamável.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Numa manhã de setembro











Nada como fazer uma postagem sobre a Vanusa numa manhã de setembro. Quanto mais quando o assunto é pátria brasileira, independência comemorada hoje (7 de setembro) apesar de não ter sido nessa data né.

É que o Maico me passou esse vídeo aqui ó:

http://www.youtube.com/watch?v=6w9MpztV4gk

Muitos de vocês já devem ter visto inclusive, tá bem popular. A Vanusa foi convidada pelo presidente da instituição que promovia esse evento para cantar o hino nacional. Até então, para uma cantora de renome como ela, soa como tarefa fácil, né?

Aí é que tá. A estrela sofre de labirintite. Mas ela toma remédios! MUITOS remédios! Quase no nível do Michael Jackson! O remédio pra labirintite tem ação sedativa e ela ainda me faz o favor de misturar com PÓ DE GUARANÁ! E CALMANTE!!!! Aí não há tonteira que se equipare a labirintite pura e simples.

Nesse contexto a querida faz o outro favor de aceitar o convite e ir lá cantar em péssimas condições físicas... e aliás, psicológicas também, porque ela afirma sofrer do mal do século - Depressão. E ela aceitou! Claro, ela daria conta de cantar o hino nacional...afinal, o que há de mais nisso?

Pra piorar a situação ela diz PUBLICAMENTE que NÃO SABE a letra do hino nacional inteira. Diz ainda que isso é normal pois muitos brasileiros não o sabem inteiro, o que é verdade verdadeira. Pra completar ela diz que o nosso hino está equivocado e que precisa ser reformulado. Devo concordar com ela em parte, mas vá lá, isso não justifica absolutamente nada!

E ainda parece que ALGUÉM, QUE ELA NÃO SABE QUEM, pegou a bolsa dela que tava com seus óculos. Segundo a cantora, os óculos que ela utiliza nesse vídeo não são os dela.

Vamos lá, aritmética simples: Labirintite + Remédio Sedativo + Pó de Guaraná + Calmante + Não saber a letra do hino nacional + Estar sem os óculos = deu no que deu.

E deu uma repercussão.........

Um lado da moeda: pegaram pesado falando que ela estava bêbada e a difamaram feio, o que foi facilitado pela existência do YouTube. Reflexo da falta de ética de muitos brasileiros. Não perdem a oportunidade de fazer chacota de pessoas famosas. Fama definitivamente não deve ser algo fácil de se lidar. E o pessoal ainda faz mau uso dos meios de comunicação que ainda são livres (por falar nisso ainda to devendo uma postagem sobre a ACPM).

Outro lado da moeda: A Vanusa devia ter consciência da situação em que ela se encontra e prezar pela carreira que ela construiu antes de ir aceitando um convite desses. E devia tomar MUITO cuidado com o que ela anda dizendo publicamente. As coisas nesse país são escancaradas demais. Agora diz-se que a carreira dela foi por água abaixo. Se ela for esperta ela vai saber se aproveitar dessa situação, como é do feitio de todo brasileiro. Ou não.

Bom, essa é a minha opinião, queria saber a de vocês!

E tenham boas manhãs de Setembro.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cultura Racional: Seita? Filosofia? Religião? Doutrina?


Disse Tim Maia que não era nenhuma dessas. Era apenas uma "coisa limpa" ou uma "coisa pura". O Wikipedia a define como uma ideologia. Eu ainda estou procurando uma definição pra essa...coisa pura!

Bom, explicando melhor, a Cultura Racional veio com os ensinamentos de Manoel Jacintho Coelho, ou o "racional superior terreno", responsável pela escrita da "bíblia" da cultura racional: a imensa série de livros "Universo em Desencanto". Apesar de seu vínculo com o espiritismo, os membros desse...grupo afirmam criteriosamente que não se trata de espiritismo. Acontece porém que a cultura racional possui elementos de todas essas áreas do conhecimento humano, tanto o científico quanto o não-científico: trata de aspectos das ciências naturais, trata de filosofia, mas também trata de ética, de metafísica, etc, etc.

Esse não é o primeiro movimento que colocou em foco as potencialidades da glândula pineal. Bom, eu não sou biológo nem médico pra explicar pra que serve exatamente esse órgão, mas a ciência o trata como vestigial. Mas o que acontece é que desde Descartes ela é vista por alguns como o "locus da alma humana", um local onde se localizam nossas sensações espirituais. E por essa razão ela foi recuperada dentro dessa temática pelos espíritas kardecistas e até pelos hinduístas! E sim, pela Cultura Racional.

Bem grosso modo, essas pessoas acreditam que viemos de seres racionais especiais que viviam na planície racional, mas que acabaram entrando numa região que não estava em progresso racional, o que acabou por "desencantar o universo". Mas uma Fase Racional teria se iniciado com a publicação do Universo em Desencanto, pois Manoel Jacintho seria uma espécie de mensageiro do mundo racional e veio trazer a verdadeira luz da humanidade por meio de um conhecimento racional! E esse conhecimento seria baseado num raciocínio superior à lógica convencional e aconteceria a partir da estimulação da glândula pineal, por meio da imunização racional.

Vocês devem estar se perguntando porque eu to postando esse monte de coisa! A verdade é que existe algo que me estimulou a procurar um pouco mais sobre essa tal cultura racional. Quem quiser saber mais, eles tem sites, tem núcleos em várias cidades (inclusive Uberlândia), mas o foco está no interior do Rio de Janeiro, local de onde veio Manoel Jacintho. Mas enfim, tem a ver com música!


Sim, esse é o Tim Maia na década de 70. Ele se tornou partidário da cultura racional ao ponto de dedicar um álbum inteiro para tal. Criou até selo próprio pra divulgar, gravou músicas em inglês para divulgar o assunto internacionalmente, enfim. O álbum é literalmente uma divulgação! É o tempo todo falando de como é "uma beleza", como é necessário ler o livro, como precisamos nos imunizar e tudo mais. Mas o que acontece é que a qualidade musical do álbum é superior, igual o racional superior. Parece que o Tim Maia transcendeu de verdade pra produzir essas músicas. Está no auge de sua voz, deu mais sustentação ainda ao seu som soul/folk e consegue ir nos mais variados tons, sem perder a maestria. E é louco observar isso porque na década de 70 "todo mundo era maluco". Mas o Tim ficou "maluco" em sua fase racional: sem cheirar, beber, fumar, etc.

Vale a pena ouvir, com certeza, explorar a musicalidade dessa produção artística, à parte de ideologias. Coloco pra vocês aqui os 2 volumes do Racional original de 1975 e mais um volume compilado em 2001 com músicas da mesma época mas que não foram lançadas, o que constitui o racional vol.3. Aproveitem, ouçam, imunizem-se e sejam racionais! rsrsrs

Tim Maia - 1975 - Racional Vol.1

1 - "Imunização Racional (Que Beleza)"
2 - "O Grão Mestre Varonil"
3 - "Bom Senso"
4 - "Energia Racional"
5 - "Leia o Livro Universo em Desencanto"
6 - "Contacto com o Mundo Racional"
7 - "Universo em Desencanto"
8 - "You Don't Know What I Know"
9 - "Rational Culture"

http://sharebee.com/86ed4b55


Tim Maia - 1975 - Racional Vol.2

1 - "Quer queira quer não queira"
2 - "Paz Interior"
3 - "O Caminho do Bem"
4 - "Energia Racional"
5 - "Que Legal"
6 - "Cultura Racional"
7 - "O Dever de fazer propaganda desse conhecimento"
8 - "Guiné Bissau, Moçambique e Angola Racional"
9 - "Imunização Racional (Que Beleza) II"

http://sharebee.com/eee6a062


Tim Maia - 2001 - Compilação Racional Vol.3

1 - "Escrituração Racional (Take1)"
2 - "Escrituração Racional (Take2)"
3 - "Brasil Racional"
4 - "Universo em Desencanto Disco"
5 - "You Gotta Be Rational"

http://sharebee.com/1bb7b01a


Bom, minha opinião sobre tudo isso? Em primeiro lugar, eu vejo a cultura racional com uma influência filosófica muito forte das teorias de Platão e Aristóteles. Em Platão podemos fazer analogias com o mundo das idéias-mundo racional, do qual viemos e para o qual precisamos voltar. O filósofo é aquele que descobre a luz da verdade - a verdadeira luz da humanidade - cujo dever é divulgar o conhecimento. Vejo fortes influências nesse sentido! Mas também podemos fazer um paralelo entre o Racional Superior e o Deus - Primeiro Motor de Aristóteles. Isso é pra mostrar que por mais que haja forte conteúdo metafísico-religioso, podemos identificar aspectos científicos da filosofia!

E em segundo lugar, como tudo no mundo é questionável, existem aqueles que dizem que esse conhecimento da Cultura Racional tenta inferir determinadas questões que a ciência já possui uma explicação diferente, questões relacionadas a conhecimento natural tácito mesmo. Aí entra o elemento "dogmático" desse pessoal! Com a conjunção dessas coisas, acho que começo a concordar com a pessoa que escreveu no Wikipedia: ideologia é uma boa definição...

E em terceiro e último lugar. Tim Maia viveu uma rápida e efêmera Fase Racional. Ele procurou se imunizar e se livrar de prazeres mundanos (e este é um dos grandes motivos de sua voz estar espetacular!) mas após alguns álbuns, ele se decepciona com a cultura racional e lança o Reencontro em 1979 exatamente para simbolizar seu "retorno para o mundo". Mundo terreno, sujo, em desencanto mesmo. Diz ele que essas seitas estão todas ligadas ao comércio, ao dinheiro... hm, nossa, isso me lembra alguma coisa!!

E agora eu me sinto bem pois cumpri meu dever...dever de fazer propaganda desse conhecimento! conhecimento puro e racional! raciocínio superior! leia o livro! Universo em Desen...

Não não, era só curiosidade mesmo!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Até que ponto o Estado brasileiro é laico?


Saudações!

Como todos devem saber, desde que possuímos uma constituição republicana, uma das grandes prerrogativas adotadas é a de que o Estado brasileiro é Laico, ou seja, não é filiado a nenhuma religião. Sabemos também que nosso país tem uma história acompanhada de perto pela constituição de costumes tipicamente católicos, com uma disciplina católica, e tudo mais, guardadas algumas ressalvas para o catolicismo de fachada e para o crescimento da importância de entidades religiosas como o Espiritismo e a Igreja Universal. Aliás, falando nessa última, li hoje uma frase emblemática:

"Se Deus é o Caminho, Edir Macedo é o Pedágio" (rsrs)

Guardados os risos gerados por essa frase, voltemos ao Estado Laico. Queria compartilhar com vocês (e acho que essa será a tendência desse blog, a divulgação de culturas e informações a cada postagem) uma notícia que li hoje pela manhã, que saiu no Editorial do Estado de São Paulo. Confiram:

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2009/8/24/o-acordo-brasil-vaticano

Aliás vai aí mais uma dica, o Clipping do Ministério do Planejamento Brasileiro. Lá tem uma compilação diária dos jornais mais importantes do país. Tem muita notícia todo dia e é gratuito!

Bom, sobre a notícia, peço que leiam, ela é bem pequena e depois a gente poderia discutir sobre isso! Esse tema já tem sido relatado desde o final do ano passado, mas essa notícia parece nos trazer algo mais palpável. Enquanto isso, alguém já leu o preâmbulo da constituição do nosso país? Ele diz assim:

“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.”

Bom, um Estado Laico deveria citar Deus na constituição? Já começamos de uma forma ambígua. Agora, além disso, um acordo internacional para negociar, digamos, algumas regalias para o Vaticano? Estamos falando de hoje, pleno século XXI, com uma suposta decadência dessa religião pelo mundo. Eu faço paródia de Hamlet, "existem mais contradições entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia". Talvez no céu e abaixo da terra também existam contradições, afinal somos imagem e semelhança, não é mesmo?

Discursos ideológicos à parte. E à parte da máquina política também seria saudável. Além de ser Laico, nosso Estado prevê liberdade de culto e interpreto isso como não-discriminação por culto. Pois privilegiar um determinado culto religioso não estaria também infringindo essa prerrogativa?

Aguardo ansioso pelos comentários! E a próxima postagem ainda estará no tema "religião". Quer dizer, talvez não seja bem isso.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Primeira Postagem Musical

Olá!

Essa postagem vai para o meu amigo Maico, que esses dias estava procurando coisas dessa banda. Resolvi postar um álbum pensando nisso e todo mundo que quiser baixar, o link está aí. E a internet ainda é livre! Mas a ACPM já está aí...ah enfim, essa é outra discussão que vou deixar para outra postagem!

Bom, o Allmusic (www.allmusic.com) coloca o Renaissance como uma banda de estilo Pop/Rock. A verdade é que existe muita confusão em cima dessa banda, além de que seu próprio estilo sofreu alterações, algumas vezes sendo reflexo das próprias mudanças da formação da banda. Criada por ex-membros do Yardbirds (banda que iria dar origem ao Led Zeppelin), a banda fazia um som na linha folk rock no final da década de 1960 e início da década de 1970. Após passar por uma completa transformação, a banda lança Prologue (72) e Ashes are burning (73), já consolidando um estilo progressivo/folk/clássico com um som...orquestral! É, daquelas de beber em fontes como Bach, Chopin, Debussy, Prokofiev, etc. A própria formação da banda então conta com músicos extremamente conceituados no que se refere à música clássica e os vocais de Annie Haslam realçam essa característica orquestral da banda.

O álbum que posto é meu favorito por ser, ao meu ver, o clímax dessa formação, sendo um álbum extremamente bem produzido, com uma nuance orquestral explorada ao máximo, além de vários flertes com folk, isso sem contar com as letras...Ouçam o vejam o que acham! (e comentem!)

O que acontece porém é que depois os álbuns vão se tornando ora obsoletos ora repetitivos, até na década de 80 a banda de fato flertar bastante com Pop. E esse é um dos motivos de confusão. Mas esse foi o caminho de muitas bandas de progressivo, como por exemplo o Yes. Inclusive, confiram sonoramente a influência que o Renaissance tem do Yes!

Outra confusão: por causa de alterações na formação, existiu uma época em que haviam dois Renaissance! Um era o da Haslam, vocalista e o outro, do Dunford, guitarrista. A banda se separou e continuou a existir em duas "encarnações"! Bom, mas isso é bem depois da época desse álbum. Outro detalhe interessante é que o que restou da primeira formação do Renaissance ( e após a morte de um dos ex-membros do Yardbirds ), formou o "seu próprio" Renaissance. Chamava-se Illusion! Inclusive mais tarde eles chegaram a gravar como "Renaissance Illusion"!!!! É muita confusão hehe

Bom, é isso, espero que gostem. Provavelmente aqueles que gostam de Progressivo vão gostar! Quem gosta de vocal feminino então... e quem gosta de música clássica? vish. Bom, esse não é o album mais conhecido de uma banda não muito conhecida! E esse é um dos motivos que acho essas 6 músicas bastante especiais!

Fiquem à vontade:

RENAISSANCE - 1974 - TURN OF THE CARDS
  1. "Running Hard"
  2. "I Think of You"
  3. "Things I Don't Understand"
  4. "Black Flame"
  5. "Cold Is Being"
  6. "Mother Russia"

http://sharebee.com/648a5a8e

That's It! Keep on Rockin'!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Sociedade Paralisada


ESTAMOS TODOS INFLUENZIADOS PELA MÍDIA?

Depois de ver escolas e universidades adiando aulas, depois de ver gente de máscara, depois de ver uma mulher pedindo álcool para a atendente de uma loja e depois de perder uma viagem ao clube eu estou quase começando a espalhar uma nova pandemia: a depressão. Não, não, isso não aconteceu ainda, mas estou começando a me sentir preso na própria sociedade! E vá lá, tudo isso por que tá "todo mundo em pânico" ao acompanhar o que a mídia convencional anda propagando?

Queria apenas deixar uma mensagem. Procurem se informar criteriosamente antes de tomar QUALQUER atitude. Uma sugestão que deixo é que assistam o documentário "Operação Pandemia". Vai tomar apenas 10 minutos do seu precioso dia, e provavelmente vai ajudar marginalmente a entender algumas coisas, mas com certeza, e como tudo nesse mundo, é questionável.

Manda ver: http://www.youtube.com/watch?v=CcgCBiyGljM

Depois, se não for incômodo, faça sua contribuição a essa minha primeira postagem e me diga o que achou por comentário! Ah, e não vá crer cegamente em tudo que se vê, mesmo que isso não seja mídia convencional! Senso crítico é essencial nesses momentos e a busca de informações é crucial para a formação de uma opinião concisa, quando é de grande valia obtê-la. Mas tudo na vida são opções, e todos somos livres...livres até para ficar em pânico.