sábado, 17 de outubro de 2009

Glenn Hughes - The Voice of Rock


Não é um jogador de cricket, muito menos um membro do Village People!, mas aquele que o Álvaro Júnior, mencionado na postagem anterior, chama de "the voice of rock". Na verdade, nosso amigo tem fortes influências de Funk americano e deixa claro isso no seu estilo de Baixo, além é claro de sua voz magnífica. Mais conhecido por suas participações no Deep Purple e no Black Sabbath, o cara realmente tem o dom da voz. Tecnicamente magnífico, sabe gritar sem ser desagradável e solta a voz mais fina que você que quiser, mas quando é pra usar do seu estilo funk para cantar grave, sai tão bom quanto!

Ele é um daqueles caras que ouvia Motown quando era pequeno e ficou fascinado por música negra, sendo branco. Entre suas principais influências, segundo ele próprio, está até o Stevie Wonder! E como disse, ele deixa transparecer isso na sua música.

Essa postagem é para deixar uma contribuição bem razoável! Vou colocar aqui os três álbuns da primeira banda que adquiriu certo sucesso no início da década de 70 em que o Glenn é baixista e vocalista, além de trompetista, pianista, etc... Estou falando do Trapeze. Especial atenção para o terceiro álbum "You are the music, we are just the band", cujo título eu adoro. O conteúdo ainda é melhor, acreditem! É rock bom da década de 70...quase uma tautologia.

Trapeze - 1970 - Trapeze 



http://sharebee.com/7f372f34

 

Trapeze - 1970 - Medusa



http://sharebee.com/2de63f5a

 

Trapeze - 1972 - You are the Music... We're Just the Band


http://sharebee.com/da2f964a


Também posto o melhor álbum dele no Deep Purple, na minha opinião, na formação MKIII, com David Coverdale nos vocais principais. Tá, as vezes o Glenn deixa o David no chinelo (Só por que o David ia para os ensaios um pouco mais bêbado que os outros), mesmo sendo Back Vocal, mas a combinação dos seus agudos com a voz grave (e muito característica também) do Coverdale criam uma musicalidade ÚNICA na história do Rock n' Roll. Arrisco dizer que esse é um dos melhores álbuns de toda a história do Purple: Burn, 1974. Recomendo a todos assistirem o show "California Jam", da turnê do Burn. O Blackmore fica louquíssimo e quebra três stratos, como de praxe, e o show de vozes é excepcional. Claro que em Stormbringer, álbum posterior, o Glenn solta até mais seu lado funk, mas não acho que se equipare a qualidade musical do Burn, um álbum em que todas as músicas são ótimas, com destaque para You Fool No One, Lay Down Stay Down e a própria Burn. Prefiro não comentar sobre o "Come taste the band", álbum posterior ao Stormbringer, pois ele é bastante específico.

Deep Purple - 1974 - Burn
 

http://sharebee.com/197fc104


Posto também um dos mil projetos com outros caras, mas esse em especial é bem interessante: Glenn Hughes e Pat Thrall (trabalhou com Pat Travers, Meat Loaf...). Década de 80: entrou nela, pode saber que tem tecladinho.

Glenn Hughes & Pat Thrall - 1982 - Hughes Thrall



E por fim, posto também a participação do nosso amigo no Black Sabbath "featuring Tony Iommi". Na verdade, eu entendo isso como um projeto paralelo quase, hehe. Sinceramente, não vejo muito Black Sabbath nesse álbum não, mas vale a pena ouvir pra perceber que o Glenn não perdeu a voz nesse meio tempo! Ah, o álbum é o Seventh Star.

Black Sabbath featuring Tony Iommi - 1986 - Seventh Star 


http://sharebee.com/9e3a9b5e


Claro que estou postando apenas algumas pérolas. A discografia do indivíduo é gigantesca, inclusive solo, mas o que impressiona é a quantidade de outros artistas com quem ele trabalhou. É um número gigantesco de participações em álbuns. A probabilidade de você pegar qualquer álbum de rock e ter o Glenn Hughes ali atrás em alguma coisa é bem grande hehe

Infelizmente, como muitos outros roqueiros, o Glenn passou por uma fase de péssima saúde em decorrência de excessos de drogas e álcool. Mas uma coisa pior aconteceu depois, ele gravou um hit com uma banda de Techno/House pra voltar a fazer sucesso.

Hoje ele está aí, mais velho, mas cantando coisas que gosta, em muitos projetos diferentes, supergrupos, bandas de blues, funk... tocando baixo e cantando como é sua imagem característica! E, convenhamos.




O cara não perdeu nada da voz. É definitivamente admirável.

Bom, ouçam, aproveitem e viva o Rock n' Roll!